Na segunda a noite escorreguei e caí. Resultado: torção na coxa, mão e machuquei o cotovelo. Fiquei triste, não pela dor na hora, mas principalmente porque não poderia participar da passeata histórica de Blumenau. Tinha muita dificuldade em andar, tanto que na terça não fui para a empresa que fica na frente da casa.
Mas eu queria fazer meu papel de cidadão, então consegui arranjar uma cadeira de rodas e incentivar minha esposa e filho a irem. O Nikolas estava com muita vontade, tem muita inquietação minha nos genes. E ele deu um baita exemplo, me empurrando em quase todo trajeto, apesar da minha insistência de que me viraria sozinho. Felizmente não sou cadeirante, apenas a usei porque jamais poderia andar esse trecho todo. Aliás o povo blumenauense é de uma gentileza incrível, porque muitos manifestantes se ofereciam para empurrar a cadeira de rodas.
Alguns paravam, tiravam fotos e me parabenizavam, mas eu os parabenizava também, afinal estávamos todos na chuva para mostrar que não aceitamos as coisas do jeito que estão. Estima-se a participação de mais de 15 mil pessoas nesse protesto, que passou pelas principais ruas do centro de Blumenau, com barulho e gritos como “ 1, 2, 3, 4, 5 mil, ou para a roubalheira ou paramos o Brasil”. Foi bonito ver essa nova geração participando de forma ativa. Me chamou atenção de que haviam pessoas de várias faixas etárias. Quando chegamos em frente à Câmara de Vereadores que hoje paga aluguel de R$ 46 mil com contrato de 12 anos, a polícia (segundo os participantes que estavam na frente) não nos deixou seguir em frente.
Na volta para o local onde estacionamos o carro, pude sentir o quão pouco preparadas estão as calçadas de Blumenau para um cadeirante. Em determinado trecho, bem central, não sabíamos como descer da calçada para o asfalto e pegar a faixa de pedestres. Um homem parou, e fez questão de ajudar. Os blumenauenses são fantásticos mesmo.
As fotos são do amigo Jaime Batista da Silva, às quais tive a liberdade de usar para ilustrar essa postagem.
Legal, Claus!
ResponderExcluirProtesto pacífico e ordeiro, pelo visto.
E com diagnóstico das precárias condições de acessibilidade.
Melhoras pra ti.
Abraço!
Obrigado Alexandre. Foi perfeito o protesto, dentro da normalidade em perfeita sintonia da organização com a polícia que estava nos protegendo também.
Excluiré isso ai, ainda seremos orgulhosos por estarmos nas ruas,protestendo e pedindo melhoras,é mosso direito de lutar.
ResponderExcluirObrigadão Charles pelo comentário. Tomara que tenhamos resultados práticos, afinal é isso que importa.
Excluirobs.o erro ortográfico no meu comentário,fica proporcional a educação no brasil.
ResponderExcluir