A voz que não cala a alma.

O Rei Isdris foi o primeiro monarca líbio, e o país foi o primeiro a país da África colonial a proclamar sua indepedência. A Líbia é historicamente um cruzamento do Maghreb e do Machrek, marcada por tradições tribais. Passou à idade moderna no século XX, graças a suas imensas reservas de petróleo. Nessa guerra civil, opositores do ditador líbio, Muammar Gaddafi, conseguiram repelir a ofensiva das forças do governo que tentavam tomar conta das cidades de Brega - importante centro petrolífero a 800 quilômetros da capital Trípoli - e Marsa, ambas no leste do país.

A revolta foi em função de um tirano no poder, como tantos na África, e que levaram uma boa puxada de tapete deles nesses últimos meses. Convulsão que pode ou não levar á democracia, já que sai um, entra outro. Nas imagens abaixo, o orgulho líbio no rosto, mãos e carros destruídos.

O Brasil é um país que aceita fácil seus problemas. Os políticos podem brincar com nosso dinheiro e saúde públicos à vontade, do jeito que quiserem, que nós fazemos um pouco de barulho, mas nada que signifique uma perda real para eles. Sairão reportagens, os jornais noturnos noticiarão, escreveremos em alguns blogs e twittadas nossa revolta e pronto: luz moral interna apagada, seguindo em frente ao dia a dia. Nada de protestos na rua. Admiremos os líbios, morrendo aos milhares, para requerem os direitos mínimos deles. Claro que não precisamos chegar à esse extremo. Mas esse nosso silêncio nas ruas, é muito triste.