Pois é … sem querer puxar a sardinha para meu fogo, mas foi exatamente isso que li. Em 1953, a extinta rede de lojas Clipper encomendou ao publicitário João Dória, da Standard Propaganda, uma campanha para melhorar os resultados no mês de junho - época em que o varejo amargava seu pior índice de vendas. Para resolver o problema, ele se inspirou no Valentine´s Day – data comemorada em muitos países do hemisfério norte – e lançou uma campanha romântica.
O conceito: "Não é só de beijos que se prova o amor", incentivando os casais a se presentearem. A data escolhida foi o dia 12, por ser véspera do dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro. Desde então, o Dia dos Namorados é a terceira data comemorativa em volume de vendas para o comércio varejista - atrás apenas do Natal e Dia das Mães (data que João Dória também tornou comercial, assim como o Dia dos Pais) - e a primeira para muitos prestadores de serviço, como restaurantes e motéis, por exemplo.
Entre as muitas lendas que surgiram ao longo dos séculos, destaca-se uma segundo a qual Valentim teria sido um sacerdote cristão detido e torturado até a morte em 270 d. C. por ordem do imperador romano Claudio 2º. Segundo essa história, transmitida oralmente e sobre a qual não há nenhum testemunho, o sacerdote se apaixonou perdidamente pela filha de um de seus carcereiros, a quem enviou uma carta apaixonada que assinou como "teu Valentim", dando origem à tradição das cartas que em muitos países os namorados trocam em 14 de fevereiro.
No resto do mundo ela é comemorada no dia 14 de fevereiro. O interessante na história do dia dos namorados, é que São Valentim, santo de onde nasceu a data, nunca existiu. Foi o que uma reportagem da Folha publicou ontem. A Igreja Católica deixou de celebrar seu aniversário a partir de 1969 por duvidar de sua identidade e até de sua existência. Isso porque existem pelo menos três santos com nome de Valentim: dois bispos sepultados em diferentes locais da Via Flamínia, em Roma, e um terceiro que teria sido torturado e morto na África, todos eles lembrados em 14 de fevereiro.
A festa de São Valentim é muito mais antiga do que o próprio cristianismo. A comemoração se vincula às festas lupercais do Império Romano, rituais pagãos em homenagem a Fauno Luperco (referente a "lupus", lobo, ou Pã para os gregos). Essa entidade "protegia" os pastores e os rebanhos. As festas eram celebradas no dia 15 de fevereiro de cada ano, cinco semanas antes do início da primavera.
Por volta do fim do século 5 d.C., o papa Gelasio 1º acolheu as lendas sobre São Valentim e instituiu sua celebração em 14 de fevereiro, com a finalidade de apropriar para a Igreja a tradição das festas lupercais, que foram extintas.
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