Queimando a crença dos outros.

Assistimos estarrecidos a mais um episódio da falta de crença. Quando o grupo de manifestantes do falido e destroçado Afeganistão, matou ontem 8 funcionários da ONU porque um irresponsável pastor americano queimou o Corão, acendeu-se novamente o alerta para extremismos. Hoje, foram mais 9 mortes.

PASTOR?? CRISTÃO?? Esse homem (nem vou citar o nome para não chamar mais atenção à ele), mais preocupado com sua visibilidade, é responsável por essas mortes e deveria ser severamente penalizado. Ele sabia do risco, afinal esse tipo de reação aos valores islâmicos é previsível. Aliás, os princípios cristãos, até onde me lembro, não citam falta de respeito ao próximo.

Por outro lado, em várias entrevistas de autoridades religiosas islâmicas, há a defesa de que o Corão não incita a violência. São muitos homens que usam trechos e partes de seu livro, para objetivos políticos e pessoais. Ao longo da história, abusos cristãos fizeram vítimas em todo mundo. Antes da inquisição, um capítulo sangrento de valores não cristãos, já haviam as guerras em “nome de Jesus”. A conclusão é óbvia: quem age com violência usando como pretexto qualquer uma dessas religiões é um infiel.

Mas há um dado que não podemos esquecer: essas atitudes estão mesmo ligadas à religião? Os EUA e a Europa, historicamente falando, adoram invadir países asiáticos e africanos. Lembrando que invadir, significa matar famílias, destruir casas, fome, impôr regras, torturar ... Tudo por causa da “mardita” da ganância. Ok, o assunto tem barba de Matusalém, não é novidade. Quantas empresas americanas foram beneficiadas por vender equipamento bélico e de subsistência? Quantos poços estão em poder dos invasores, já que seu solo, guarda algumas das maiores reservas de petróleo do mundo?

Quando eu e você ligamos o nosso carro, está uma parte desse sangue oriental.